Como tornar-se um líder religioso cheio de capital
Hoje estava pensando junto ao meu chefe sobre futuro e, de
alguma forma a conversa adentrou em mérito que até então não havia pensado.
Ou seja, como posso me tornar um líder religioso (mesmo
sendo ateu) e ganhar dinheiro?
Capítulo 1 – A ideia
Em nossas hipóteses, pensamos sobre algumas questões de
raiz, como a obtenção de fiéis perante o mercado competitivo de cordeiros.
Pensei “precisamos de um diferencial”. A ideia consiste em amar a todos,
inclusive os derivados dos sexos originais (homem e mulher), uma vez que “Todos
somos filhos de Deus, só não falamos a mesma língua”. Nesse sentido, há também
aquela ideia de “amar o novo”, união das gerações, o jovem que convida o outro
jovem a vivenciar o novo, a igreja diferente (a mesma crença que depositamos em
políticos, pessoas e namoradas/os que assumimos crer no novo).
Essa é o plano inicial, a tentativa de ser diferente na
gestão do jovem líder religioso.
Mas o mais importante reside na relação de confiança entre o
líder e o cordeiro (entenda-se confiança como capital, pois é dali que irá
brotar a mina).
Capítulo 2 – O fiel
Após breves conversas com os reais cordeiros das mais
diversas igrejas que desconsideram Maria, pude observar que a relação de confiança
brota de diversas formas, não pretendo entrar no mérito de como nasce isso e
sim propor algumas sugestões para abordar atenção (e, por conseguinte a tal
“fé” do cordeirinho) para estabelecer a relação de Supremo Líder. Pois bem, é
necessário antes de tudo o líder possuir um certo conhecimento sobre algumas
áreas da bíblia (de preferência do velho testamento para convencimento), logo,
o Líder necessita aprimorar as técnicas de oratórias, se possível estudar
Direito, Filosofia e Teologia (todas tem em comum a persuasão, ou pelo menos
apresentam diversos fundamentos para que o outro acredite nas besteiras que
você falar).
Como fazer isso?
Vivendo o ambiente crente, visite algumas igrejas e estude
os diferenciais no discurso de cada um dos outros líderes (cães pastores que
guiam os cordeiros para os cercados), uma vez que não é possível estabelecer
uma conexão segura entre Líder e cordeiro sem vivencia o ambiente. Logo,
freqüente os cultos temáticos, exemplos: culto a família, ao dízimo do sétimo
dia, a tirar o demônio do corpo (este terá um capítulo a parte, parte vital do
processo de aceitação da massa).
Possuindo a experiência, busque então amigos confiáveis (uma vez que o
dinheiro cega podendo levar ao lado negro da Força), treine-os, visite centros crentes
e de preferência esses bem fervorosos, pois, a confiança na palavra do Líder
nasce também do tom de voz elevado.
Depois de conquistado o domínio da palavra e das técnicas de
retórica, chega o momento de estabelecer uma conexão segura para não se perder
no limbo de baboseiras religiosas. Nesta esteira, é sugerido ao Líder que seja
um descrente e que use apenas o “conhecimento” eclesiástico para convencer ao
rebanho. O Líder como o Neo na Matrix onde tem livre acesso a Matrix (mundo das
aparências) e realidade. O mundo das aparências é a realidade dos cordeiros e
você quem delibera sobre a existência alheia. Por isso, é sugerido a ideia de
um sujeito que inclusive era tido como “religioso”, além de fanático,
perturbado e líder (embora nazista), e o que ele dizia é: “Minta, minta, minta
até que a mentira se torne verdade”.
Mentir Por quê?
Porque você não acredita nessa metafísica de autoajuda de
gente carente. Dessa forma voce estará livre para deliberar mentiras
transformando as em verdades absolutas para a população carente.
A mentira será verdade para o rebanho e nunca para o Líder!
Depois de conquistar a habilidade de mentir e convencer é só
partir pro abraço (ou um ligeiro toque no ombro do cordeiro, isso gera
confiança).
O Líder religioso é também um grande hipócrita, pois se
torna julgador. Um juiz que não de futebol, tênis ou Tribunal de Justiça e sim
da vida dos outros.
Capítulo 3 – O time
Importante salientar sobre o time também. O Líder é supremo,
logo, tem de nomear bem os amigos a cuidar dos cargos de liderança. Nessa
parte, penso em alguns amigos meus desempregados, mas penso neles não pelo fato
de estarem desempregados e sim por serem meus amigos (nepotismo também é válido
nesse caso), lembrando sempre que a figura do Líder mesmo perante os amigos
(futuros líderes de outras sedes) não pode ser contestada, o poder pertence ao
Rei Líder.
Um bom time consiste em figuras de profissionais aptos a boa
administração do negócio eclesiástico, boa sugestão seria, um filósofo com
conhecimentos de Direito e Teologia, outro filósofo, um advogado (causas
divinas), contador e político.
(continua)