sábado, 14 de abril de 2012

Alegria


“No andar de cima mora um violinista, no debaixo há outro, ao nosso lado mora um professor de canto que dá aulas, no ultimo quarto do outro lado do corredor vive um oboísta. É muito engraçado para compor! Dá muitas idéias.” Mozart escreveu esta carta quando tinha 15 anos na data de 24 de agosto de 1771, para relatar a sua irmã sobre a sua vizinhança musical e como isso o ajudava a na parte de inspiração em suas obras.

Em uma manhã com muito trabalho de sexta feira, há trabalho por toda parte, contudo, o bom humor reina entre os sujeitos. Eis que, no ápice da boa vontade, o jovem estagiário em uma conversa com informal com outro de igual categoria o convida para “tomar umas” na seguinte forma:

“Signore,

Vamos saudar os antigos deuses,

E os novos também,

Em algum lugar onde o sol possa nos tocar diretamente,

Pode ser uma praça,

Basta um copo e o vinho,

O que vale é a graça

E a companhia de bons amigos.”

Um lugar ab initio improvável para convidar a boa combinação de palavras em um conversa despretensiosa, no entanto, devido ao bom humor, tranqüilidade e a metafísica do sentir-se bem, nasceu do Universo interno um bonito convite para uma prática comum entre os jovens, o embebedar-se.

A condição geográfica assim como as pessoas em volta, Mozart e o jovem certamente fizeram bom proveito de seus ofícios associando os elementos externos para melhor aproveitamento que ocorria através do parto das ideias apenas por sentirem-se bem.

O momento em que há agitação internamente, em que todas as ideias querem nascer na tentativa desesperada de encontrar um lugar pra ganhar vida, sendo através de um texto, de ser um pensamento isolado em mente, ou seja, um lugar especial para que ela alcance o carinho de outro alguém ao recebê-las em sua forma pura.

Obras divinas feitas por Mozart e conversas informais que roubaram sorrisos através de um estagiário... A motivação que palpita, agita as pernas, anseia por muitos copos cheios de café e a musica (principalmente o Mr. Brightside – The Killers), eis uma boa sugestão para fazer outro alguém sentir-se bem, a mágia da felicidade.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

De Viva la vida a Live to win



O velho rei

Há muito tempo, existiu um rei sorridente, tinha um castelo imponente, leais súditos, sua lei era aclamada como verdade universal, possuía os mais valentes guerreiros que provavelmente dariam o sangue, a corrente de suas vidas pro querido rei. O rei gostava de lembrar de suas antigas batalhas, de seus antigos inimigos, de seus velhos amigos, de seus heróis, o rei que se considerava um veterano de guerras (embora não tenha participado de nenhuma na verdade), sentia prazer em lembrar sobre o que não aconteceu e, sentia verdadeiro amor pelo seu jardim...

O jardim e Rocky Balboa

Diziam que no jardim do velho rei (que na verdade não era tão velho assim), nascia da própria realeza interior do querido rei, dizia que quem cheirasse suas folhas, qualquer que fosse a árvore, experimentaria os mais belos aromas possíveis, caso encontrasse uma maçã, poderia sentir a sua própria existência como saber de onde veio e até o seu porque existencial, mas o que mais chamava atenção era uma planta estranha da qual apenas o rei sabia cultivar e apenas ele pudera tomar e a tal planta possui algo especial.
Um dia, seu principal vassalo chamado Balboa, procurava o rei para entreter o mesmo com suas grandes idéias sobre o que ele chamava de “filosofia de um campeão”, nesse dia ele procurava o rei pois o mesmo havia solicitado suas citações, o rei necessitava falar ao Mundo sobre suas vontades, o grande garoto era mimado pois todos o amavam. Balboa continuou sua busca no jardim proibido onde o rei jamais deixara alguém adentrar quando o mesmo estivesse em seus reais aposentos (o grande garoto costumava dizer que seu trono e seu coração se encontravam no centro do jardim), e Balboa tinha conhecimento de que cada vez que o garoto rei entrava no jardim é porque seus servos, amigos e amores não haviam sido suficientes para conter suas emoções, era o momento que o garoto se comunicava com o Mundo.

Balboa com sua boca torta e olhos caídos e sua cara de mal humorado, por diversas vezes evitara procurar em tal momento, todavia, especialmente dessa vez ele notou algo diferente. O musculoso servo viu que seu rei saiu de cabeça baixa e chorando e percebeu que o grande homem vinha em sua direção com olhar baixo. Perplexo com a situação o leal servo não pensou duas vezes e seguiu com seu suposto argumento:

-Minha mais sincera desculpa meu rei, sei que não deveria estar aqui, mas...
(Balboa)
-Você, campeão, estou cansado, o mundo lá fora me deixou muito triste hoje, nosso grande aliado nos deixou...
(Rei)
-Você é forte rei, você tem um poder imensurável, olhe para seu jardim, tão belo, e você mesmo disse que até seu mais terrível adversário disse que seu jardim nasce da tristeza e gera gentileza!
(Balboa)
-Eu não posso ser mais o rei de vocês, sou falso e fraco... O mundo lá fora é muito perigoso, não vou saber lidar com a perda.
(Rei)


-Tire o “não posso” de seu vocabulário porque agora sim você vai enfrentar o mais forte de seus adversários e vai estar sozinho, esse castelo pode desmoronar a qualquer momento e a sua bebida dos prazeres do centro do jardim vai acabar um dia e independente disso, vou estar com você, sou seu herói e guardião.
(Balboa)
-Sempre acreditei em você mas a dor é muito grande, como seu rei, ordeno que voe para longe de mim e sirva a outro rei, eu que tanto quis ser como você, quis tanto ser forte, tanto que estou sentado esperando o jardim dissipar e a primavera acabar...
(rei)
-Vou dizer apenas uma coisa antes de partir então meu rei, até o ultimo momento obedecerei o meu querido mestre e quero que escute com muita atenção porque sou parte de sua imaginação, existo para servir você e sei que confiou a mim muitas responsabilidades, sendo assim, irei dizer algumas verdades...
“Ninguém deve nada a ninguém. Você deve a si próprio”, “Não se trata do quão forte você bate, mas sim do quão forte você possa suportar os golpes e seguir em frente...".
É ASSIM QUE OS CAMPEOES FAZEM!
(Balboa)

O Rei nada falou mas olhou surpreso com as palavras de seu servo, fruto da sua imaginação criado por um outro alguém e aprisionado no jardim da eternidade de sua mente...

-Viva para vencer, outros heróis irão te acolher e quando a hora chegar, vamos reerguer o castelo e libertar a fera aprisionada, eu já libertei e você certamente vai conseguir meu filho...

E assim o rei viu seu servo se afastando e sumindo junto com o jardim mais belo de sua imaginação e juntamente do seu castelo...

O rei está sozinho...

terça-feira, 10 de abril de 2012

O dia do Curinga


- Mas pense em todos aqueles deuses: Apolo e Asclépio, Atena e Zeus, Posêidon e Dioniso. Durante muitos e muitos séculos, os gregos construíram templos caríssimos para esses deuses. Pense nas distancias enormes que tinham de percorrer arrastando aqueles, pesados blocos de mármore.

- Como você pode ter tanta certeza de que esses deuses não existiram mesmo? Pode ser que agora eles estejam desaparecidos ou que encontraram um outro povo de tão boa-fé quanto aos gregos. Mas houve um momento em que eles andaram aqui pela terra.

Meu pai me olhou pelo espelho retrovisor.

- Você acredita mesmo nisso, Hans-Thomas?

- Não estou bem certo – respondi – Mas acho que de alguma forma eles estiveram aqui na terra enquanto as pessoas acreditaram neles. Acho que a gente vê aquilo em que acredita. Por isso é que, enquanto as pessoas não duvidaram da existência deles, eles não envelheceram nem ficaram gastos ou puídos.

O dia do Curinga – Jostein Gaarder

-

A releitura é sempre interessante, todavia, quanto ao livro “O dia do curinga”, pude perceber que as palavras do autor continuam a despertar o convite a boa reflexão na forma mais pura. Literatura envolvente e que chama atenção principalmente sobre a importância do questionar sobre as coisas da vida.

“Talvez o Curinga tivesse vindo ao mundo com o defeito de ver as coisas demais e de ver todas elas em profundidade, pois enquanto o resto dos naipes estava se preocupando em viver como era de praxe cada carta se comportar, se preocupando em estudar, ir ao teatro, assistir um filme, trabalhar, comprar roupas com naipes mais bem desenhados o Curinga se dava conta do que os outros não se davam, talvez não com a mesma profundidade. Ele se dava conta de que vive.” O dia do Curinga.

Assim como no Mundo de Sofia, Gaarder chama atenção para o poder de experimentação do mundo sempre de um modo diferente e é neste ponto que o texto ganha mágica, o mundo como na visão de uma criança.

Após quatro anos desde a primeira leitura desta obra fico feliz em saber que o livro continua a me roubar sorrisos por lembrar minha missão... Ser curinga e continuar buscando sempre transformar a tristeza em gentileza.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

A minha bebida púrpura


A minha bebida púrpura


“O mais interessante dessa bebida púrpura é que o prazer que ela propicia não se resume a apenas um sabor. Não, não. Esse líquido vermelho, adocicado e espumante estimula todos os órgãos dos sentidos com todas as sensações e sabores que uma pessoa pode experimentar. E tem mais: a bebida púrpura não deixa os seus gostos apenas boca e na garganta, mas em cada fibra do corpo. O problema é que não é muito saudável beber o mundo inteiro de um só gole, meu jovem. É melhor bebê-lo aos poucos, um golinho de cada vez.” O dia do Curinga – Jostein Gaarder

O autor do Mundo de Sofia descreve uma bebida na qual afirma que seria possível “beber o mundo inteiro de um só gole”, todavia, recomenda o gole moderado, vez por vez para combater o excesso. Cada pessoa possui a sua metafísica, aquilo que a faça sair do chão através da simples lembrança do momento, algo além da compreensão humana que lhe faça sentir dignificada apenas por ter sido daquela forma. Razão que se encerra nela mesma a sua condição de existir. Bebida rara de ser encontrada justamente pelo potencial desencadeado após o seu consumo.
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Eis que o jovem garoto encontra a sua fonte bebida púrpura.

Em solidariedade a grande felicidade do jovem, peço alguns versos de uma música para melhor compreensão do tema:

The Killers – Mr. Brightside ou Senhor otimismo

I'm coming out of my cage
And I've been doing just fine
Gotta gotta be down
Because I want it all

It started out with a kiss
How did it end up like this?
It was only a kiss
It was only a kiss

Tradução

Eu estou saindo de minha "prisão"
E estava me saindo bem
Devo, devo estar tendo uma recaída
Porque eu quero tudo de novo

Começou tudo com um beijo
Como foi terminar assim?
Foi apenas um beijo
Foi apenas um beijo
Um abraço em especial aos adoradores de bebidas púrpuras. Peço que tomem cuidado com os excessos, caso estejam viciados... Sugiro conselhos de Arthur Schopenhauer, certamente ele terá algo a comentar.



“Minha volta no tempo agora é possível.” – Diz o garoto em tom sério.

“Tem como? E pra onde voltar? Pois o tom de realidade foi dado, não é? – Responde a curiosa jovem

Os olhos do jovem brilham ao vociferar: “basta a lembrança e posso sentir o momento.”

  


NÓS SOMOS O QUE SENTIMOS.

sábado, 7 de abril de 2012

Hino à alegria


A semana chega ao fim e a mágica continua... Extensão dos momentos eudaimônicos.

Desejo a vocês a paz que sinto no fundo de minha alma.

Peço emprestado a linda música de um compositor que constrói pontes ligando as almas das pessoas.

Um fraterno abraço e Ode to Joy!


Ode À Alegria – Ludwig Van Beethoven

Oh amigos, mudemos de tom!
Entoemos algo mais prazeroso
E mais alegre!

Alegre, formosa centelha divina,
Filha do Elíseo,
Ébrios de fogo entramos
Em teu santuário celeste!
Tua magia volta a unir |
O que o costume rigorosamente dividiu. |
Todos os homens se irmanam | 2X
Ali onde teu doce vôo se detém. |

Quem já conseguiu o maior tesouro
De ser o amigo de um amigo,
Quem já conquistou uma mulher amável
Rejubile-se conosco!
Sim, mesmo se alguém conquistar apenas uma alma,|
Uma única em todo o mundo. |
Mas aquele que falhou nisso | 2X
Que fique chorando sozinho! |

Alegria bebem todos os seres
No seio da Natureza:
Todos os bons, todos os maus,
Seguem seu rastro de rosas.
Ela nos deu beijos e vinho e |
Um amigo leal até a morte; |
Deu força para a vida aos mais humildes | 2x
E ao querubim que se ergue diante de Deus! |

Alegremente, como seus sóis corram
Através do esplêndido espaço celeste
Se expressem, irmãos, em seus caminhos,
Alegremente como o herói diante da vitória.

Alegre, formosa centelha divina,
Filha do Elíseo,
Ébrios de fogo entramos
Em teu santuário celeste!
Abracem-se milhões!
Enviem este beijo para todo o mundo!
Irmãos, além do céu estrelado
Mora um Pai Amado.
Milhões se deprimem diante Dele?
Mundo, você percebe seu Criador?
Procure-o mais acima do céu estrelado!
Sobre as estrelas onde Ele mora.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Espectadores do mundo das ideias


Espectadores do mundo das ideias

Ocorreu numa noite tranqüila em uma pacata cidade distante das tormentas da capital. Término de um relacionamento, cada um pra um lado, momentos de angústia inter partes seguiriam por algum tempo. Pois bem, segue a garota rumo a terra de seus pais e convida o amigo da capital para um breve encontro na rodoviária da grande cidade. Ocorre que o encontro perdurou por breve “dois minutos”, instante que para os jovens significou uma vida inteira pela sinceridade do momento...

Enquanto a felicidade do momento reinava entre os jovens, em outro lugar, bem distante do plano terrestre, ocorria uma saudável discussão...

Esse é o meu garoto! – Falou em voz alta um senhor com cabelos brancos, camisa de botão e uma cerveja na mão.

Não ficaria tão feliz com este fato, uma vez que por percebermos o jovem tão trêmulo. Tal felicidade poderia ser quebrada muito facilmente com a negação da moça após este momento. – Exclamou em tom de advertência um senhor calvo e com olhar pesado.

Prefiro pensar que o jovem fez o que melhor que poderia. Espero que não fique zangado pela confiança que depositou no momento, até então ele estava levando as coisas na contramão, admitindo sempre que as coisas poderiam dar errado...  Estava a salvo das surpresas do dia a dia. Tomara que fique bem. – Salientou um senhor calvo com sapiência como de quem sabe realmente sobre o que está falando.

E porque acham isso? Esses dois (referindo-se ao casal) alcançaram a plenitude da felicidade. O momento eudaimonico. O belo supremo. Eros está sorrindo por eles. – Agora foi nada mais nada menos que Sócrates, o ateniense inquieto e ídolo do passado que interveio na conversa.

Meu neto está se tornando uma grande pessoa, ele apenas segue o seu coração. Pode até seguir as ideias de vocês (referindo-se aos filósofos sentados lado a lado enquanto assistem o momento dos jovens), mas, o coração que dita a sua razão de ser... – Falou o avô do garoto sorridente. – O avô ergueu o tom mais uma vez na defesa de seu neto.

O silêncio tomou lugar após o voto de defesa do avô para com seu amado neto, foi então...

Velhotes, lembrem-se do capitulo final de minha estória:

“Uma tarde, ouço o que parece ser a última batida na minha porta: é a Audrey, parada ali na minha varanda rachada.

Ela dá uma olhadinha rápida com os olhos frouxos e pergunta se  pode entrar.
No corredor, ela fecha e se encosta na porta e pergunta:
- Posso ficar, Ed?
- Claro que você pode passar a noite – mas ela balança a cabeça, e seus olhos frouxos finalmente caem. Audrey se aproxima de mim.
- Não é só esta noite. Pra sempre.”

Pois é, meus senhores, eu que fui um perdedor e consegui ao menos o que me faz me sentir feliz, a minha garota. Se for necessário ele se ferrar, deixem que aconteça, vamos ver qual de nós ele vai abraçar quando o momento chegar. – Dessa vez foi Ed Kennedy, protagonista do livro “Eu sou o mensageiro” - Markus Zusak.

Então o avô paterno do jovem, o careca mal humorado Schopenhauer, o brilhante Sêneca, o mestre do saber que não se sabe Sócrates e o jovem Ed continuaram a assistir o momento do jovem do plano terrestre.







TEMPUS FUGIT

domingo, 1 de abril de 2012

A SUPREMA FELICIDADE


A SUPREMA FELICIDADE


Os gregos possuiam um conceito bem diferente do nosso quanto a felicidade. Costumavam chamar de Eudaimonia, na visão grega, a felicidade eudaimonica ou instante eudaimonico é o momento que vale por si. A suprema felicidade. O instante acidental, o que foge de nosso controle e nos rouba sorrisos por ser daquela forma. A vida valeu por ela msm hoje, dois minutos que podem facilmente valer pelo ano todo.

Trecho extraído do livro: “A vida que vale a pena ser vivida – Clóvis de Barros e Arthur Meucci

Eudaimonia, é como dissemos, bem supremo. Soberano. A finalidade última. Aquilo que não é meio para nada porque já é o máximo que se pode pretender. É vida que vale a pena por ela mesma. Que esgotanela mesma sua razão de ser.”

No seriado Spartacus: Blood and Sand, o protagonista Spartacus é chamado a participar da campanha Romana rumo a conquistas de novos territórios. Seu clã discute sobre a melhor forma de proceder junto ao Império, discutiam principalmente sobre a melhor forma de o clã seguir existindo bem. Algum tempo depois, a esposa do guerreiro (Sura) alertou a seu amado sobre os perigos de sua participação na campanha militar dos Romanos. Afirmou que os Deuses a visitaram enquanto dormia pediu para o seu companheiro não partir a guerra, pois, “se for a guerra, estará destinado a coisas incríveis e infelizes”. Resultado disso foi a participação de Spartacus na guerra e coisas terríveis realmente ocorreram (sua esposa foi tirada de suas mãos, ele virou um escravo, matou muitas pessoas, transformou sua indignação em causa para a libertação dos escravos da tirania Romana e seu nome ecoou para sempre através de seus atos corajosos).

Ele desejou estar apenas ao lado de sua amada, entretanto, levou uma vida fora do lugar. Nas palavras de Clóvis de Barros, pode se afirmar que Spartacus não estava em seu lugar natural, não preencheu o quesito da “condição geográfica da vida boa” ainda assim, fez grandes coisas.

A felicidade não precisa ser planejada, ela foge ao controle humano e é justamente esse fato que torna as coisas mais interessantes. Vale a pena trazer a máxima de um personagem que acompanhei por um bom tempo para auxiliar melhor a boa reflexão.

“Nós somos o que sentimos.” Charlie Pace.

Alguns buscam a vida em outro lugar, outro tempo de mil maneiras diferentes a ponto de viver em outro plano, outro espaço, outra época. Condição de vida boa é buscar o ajuste geográfico e o que foge ao controle.

Um sorriso, abraço ou um beijo podem valer pela vida toda. Acidente do amor. É assim que a vida vale a pena ser vivida (Parafraseando Clóvis de Barros). 

Abracem a vida e deixem o mundo surpreender, estar de olhos fechados para as surpresas do Universo é viver estando morto, existir sem estar vivo.