segunda-feira, 3 de junho de 2013

Desabafo ao imaginário

De tempos em tempos as civilizações entram em conflito resultando em guerra, perdas consideráveis de vidas, cultura, expectativas, futuro. Produções literárias, pensamentos do passado foram perdidos diante, e da inconstância humana, homem que teima em se comportar como lobo de si.
No período medieval ou também chamado de período das trevas, a Igreja por mais de mil anos assumiu as rédeas da sociedade, Deus tomou o lugar de todos os deuses, egoísta. Não apenas isso. Seus representantes legais (esses que assumem a sua personalidade no plano terrestre), condenaram todos os pensamentos que julgaram ‘ir contra os planos de Deus’.

Mas que planos tal Deus guarda?

 Quando alguém de coração bom morre, então falam “Deus tem planos melhores”. Só se ele estiver organizando um batalhão das melhores pessoas para nos deixar vivendo entre os medíocres! (Lógico que existem raras pessoas entre as que persistem, todavia, bons jovem foram levados cedo demais...)

Chega de falar do Divino e vamos logo ao mérito.

Do coletivo ao individuo. O ciclo de destruição cultural que é promovido de tempos em tempos ocorre também com pessoas. Em termos cósmicos, pode ser atribuído também a ideia de que somos puxados pela força gravitacional absurda do negativo de outras pessoas, o buraco negro. Idade das trevas de si, buraco negro, não importa a nominação. Podemos afundar diante de outro.

No passado, digo, há muito tempo mesmo, existiu uma biblioteca que guardara o maior acervo intelectual, escritos egípcios, gregos, conhecimento de todos os aspectos. A biblioteca de Alexandria foi incendiada e quase todo conhecimento foi perdido. Tudo em razão da inquietude do homem em não saber respeitar a si, ambição em excesso dificulta a manutenção da paz. Entretanto, alguns escritos restaram.

Assim também foi a era Medieval onde o homem restou privado de suas deliberações artísticas, culturais, intelectuais, sociais, etc. Em sentido semelhante ocorre com o ser individual, algumas vezes enfrentamos uma era Medieval, período das trevas e, muita coisa é perdida, deixa de existir. O problema se torna ainda maior quando o responsável por trazer as trevas é um terceiro que se veste de Deus.

Porém, como Einstein disse: “Mesmo em um buraco negro, nem todas as informações são perdidas. Algo resta.”

Foi dessa forma com a biblioteca (onde alguns escritos continuam a existir), e é assim também com as pessoas, mesmo diante do Inferno dos outros, estas se tornam deuses de si, pois, de alguma forma continuam a seguir firme em seus passos.

“O que não te faz morrer. Torna-te mais forte.” Nietzsche

Devaneio de um amante dos sentidos. Scentio ergo, sum.


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