quinta-feira, 2 de maio de 2013

Vivo o período branco


Vivo o período branco


Anos atrás, quando meus instintos haviam cessado, iniciei questionamentos sobre possíveis causas acerca do silêncio e ausência de ânimus. Teve noites que o pranto inundou meu rosto.

Pouco tempo depois, a sorte trouxe-me novamente ao mundo dos sem companhia fixa. Meu desejo era de multiplicar-me para conhecer mil pessoas de uma vez, estar acompanhado de outras cem e, se possível, dormir com todas elas.

Minha mente estava a mil, meu sentidos gritavam de agitação e o coração restava ausente. Foi possível experimentar os limites, da calma a euforia. No entanto, a ausência de afeto, carinho, adoração por outro alguém começou a ganhar força  novamente. O Rei é jovem, o mundo é seu, o jardim é belo... Mas a jovialidade é passageira e é difícil por demais ter de arrumar o jardim diante de tantas festas.

Agora, o Rei encontra-se bem acompanhado novamente, com coração tranquilo e mente sã. Todavia, bate o leve receio das duvidas existenciais de outros tempos. Música e dúvida se complementam (texto acompanhado de Veridis quo – Daft Punk).

“Hegel julgava que a vida é feita para realizações e não para a felicidade. Ele denominava os períodos  de felicidade como páginas em branco porque são períodos de harmonia.”

Retirado da revista “Grandes temas do conhecimento, Filosofia” Nº15

Hegel me acalmou.

Agora posso seguir, qual seria o próximo passo?

Levar uma vida fora do lugar? Claro que não. Já possuo companhia, agora é pegar a estrada e partir pra terras mais geladas!



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