O ponto de vista do artista
Alberto Caeiro, um dos heterônimos do poeta Fernando Pessoa,
leva-nos ao âmago da arte quando escreve.
O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita 
e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo.
Trecho retirado de Convite á Filosofia, Marilena Chauí.
Olhos tão abertos
ResponderExcluirquanto fechados
Tenho um coração
racional e despadaçado
Muito bom, meu caro