terça-feira, 5 de março de 2013

Minha crença no amor


Em tempos de crise no amor, na crença que dois corpos podem se completar nas três modalidades (eros, philia e ágape),  Sponville é a solução.

“Eu acredito que uma emoção positiva sempre supera uma emoção negativa, todos desejam uma reconciliação...” A Origem

Uma declaração filosófica de amor? Poderia ser, por exemplo, a seguinte:

“Há o amor segundo Platão: “Eu te amo, tu me fazes falta, eu te quero.”

Há o amor segundo Aristóteles ou Spinoza: “Eu te amo: és a causa da minha alegria, e isso me regozija”.

Há o amor segundo Simone Weil ou Jankelevitch: “Eu te amo como a mim mesmo, que não sou nada, ou quase nada, eu te amo como Deus nos ama, se é que ele existe, eu te amo como qualquer um: ponho minha força a serviço da tua fraqueza, minha pouca força a serviço da tua imensa fraqueza...”

Eros, philia, ágape, o amor que toma, que só sabe gozar ou sofrer, possuir ou perder; o amor que se regozija e compartilha, que quer bem a quem nos faz bem; enfim; o amor que aceita e protege, que dá e se entrega, que nem precisa mais ser amado...

Eu te amo de todas essas maneiras: eu te tomo avidamente, eu compartilho alegremente tua vida, tua cama, teu amor, eu me dou e me abandono suavamente...

Obrigado por ser o que és, obrigado por existir e por me ajudar a existir!

O Amor, Comte Sponville.

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